Dessa maneira descrevo Gustavo Kuerten nos seus melhores momentos.
E se há coisa no esporte que me encanta é a surpresa.
O adversário fraco que derrota o mais forte, e por aí vai...
Muita gente que acordou sonada naquele distante domingo de 97 pode ter tido a sensação de ainda estar sonhando ao olhar a TV e dar de cara com um brasileiro disputando a final de Roland Garros. E era só o começo...
Classifico a inesquecível Masters Cup ( e já comprei muita briga em redação por isso), quando Guga venceu Sampras e Agassi, depois de ter perdido a primeira partida para ele, como a maior conquista do esporte brasileiro desde o tricampeonato da seleção no México, em 70.
Sei que muitos vão discordar.
Guga fez o impensável... colocou o Brasil no topo do tênis mundial.
Acredito que a exata noção do que isso representa só virá no futuro, quando pudermos medir o tempo que outro brasileiro demorou pra chegar lá.
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5 comentários:
Vladir, sem a menor dúvida, o Guga será um desses Brasileiros incríveis que só terá o devido valor no futuro. E base de comparação será justamente essa que você disse mesmo, sobre o tempo que demorará pra alguém chegar perto da façanha. Digo perto, pois não creio que haverá outro Brasileiro tri, em Roland Garros. Agora, gostaria de entender o critério que coloca a primeira conquista do Guga como mais importante que a conquista do Tetra, por exemplo, ou o tri campeonato de F-1 do Senna, ou o Pré Olímpico de Basquetebol masculino em 1987...
Grande abraço.
Ton
P.S.: Ontem adquiri o livro "O dia em que me tornei santista". Devo começar a lê-lo na próxima semana.
Ton,
olha, antes de mais nada é uma opinião pessoal. Em linhas gerais, o time do tetra não era um encanto, o time americano de 87 não era o tal, o tri do Ayrton estava longe de parecer impossível. Veja, não estou diminuindo as conquistas, ainda mais a do nosso basquete masculino (que saudade), mas ver um tenista brasileiro batendo verdadeiros mitos, foi inusitado demais. É algo por aí...
Quanto ao livro, espero que curta. Depois você me fala.
Agradeço a visita constante
Eu fico feliz de ter aconpanhado toda a carreira desse manezinho, que mais do que um grande campeão, sempre foi um exemplo de caráter e determinação.
A falta de reconhecimento é típica no nosso país então não me surpreende. Acho que foi o Milton Leite que escreveu em um texto sobre o Guga, "O brasileiro médio não gosta de esporte, gosta de vitórias".
Eu entendo seu ponto de vista, só acho que escolheu o momento errado, o Master Cup foi um grande feito, mas pra mim, o momento marcante dele foi o 1º Roland Garros. Aquela camisa colorida, a paralela de esquerda que marcou sua carreira, o carisma, fizeram muito brasileiro, eu incluso, que não sabiam nem as regras do tênis, correrem para se matricular em academias.
Em tempo, eu sempre fico com uma inveja (boa, se é que existe) quando alguém fala que viu Pelé ou Wlamir Marques ou outro grande jogador do passado. Tenho certeza que no futuro vou ter o prazer de comentar em uma roda de pessoas mais novas: "Guga, esse foi genial acompanhei sua carreira inteira, e assisti quatro partidas dele ao vivo"
- Allez GUGA
Pascoal,
passei uns dias fora, por isso só lhe respondo agora. Com certeza um dia você dirá que viu Guga "ao vivo" e causará inveja. Quanto ao primeiro Roland Garros, também vi, mas a vitória da Masters Cup colocou Guga no primeiro lugar dos dois rankings. Ou seja, fez dele o melhor do mundo. Mas, olha, te entendo, talvez o primeiro Roland Garros tenha sido mesmo mais forte em emoção.
Abraço
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