terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Incrível

Dessa maneira descrevo Gustavo Kuerten nos seus melhores momentos.

E se há coisa no esporte que me encanta é a surpresa.
O adversário fraco que derrota o mais forte, e por aí vai...

Muita gente que acordou sonada naquele distante domingo de 97 pode ter tido a sensação de ainda estar sonhando ao olhar a TV e dar de cara com um brasileiro disputando a final de Roland Garros. E era só o começo...

Classifico a inesquecível Masters Cup ( e já comprei muita briga em redação por isso), quando Guga venceu Sampras e Agassi, depois de ter perdido a primeira partida para ele, como a maior conquista do esporte brasileiro desde o tricampeonato da seleção no México, em 70.

Sei que muitos vão discordar.

Guga fez o impensável... colocou o Brasil no topo do tênis mundial.

Acredito que a exata noção do que isso representa só virá no futuro, quando pudermos medir o tempo que outro brasileiro demorou pra chegar lá.

5 comentários:

Anônimo disse...

Vladir, sem a menor dúvida, o Guga será um desses Brasileiros incríveis que só terá o devido valor no futuro. E base de comparação será justamente essa que você disse mesmo, sobre o tempo que demorará pra alguém chegar perto da façanha. Digo perto, pois não creio que haverá outro Brasileiro tri, em Roland Garros. Agora, gostaria de entender o critério que coloca a primeira conquista do Guga como mais importante que a conquista do Tetra, por exemplo, ou o tri campeonato de F-1 do Senna, ou o Pré Olímpico de Basquetebol masculino em 1987...

Grande abraço.
Ton

P.S.: Ontem adquiri o livro "O dia em que me tornei santista". Devo começar a lê-lo na próxima semana.

Vladir Lemos, jornalista disse...

Ton,
olha, antes de mais nada é uma opinião pessoal. Em linhas gerais, o time do tetra não era um encanto, o time americano de 87 não era o tal, o tri do Ayrton estava longe de parecer impossível. Veja, não estou diminuindo as conquistas, ainda mais a do nosso basquete masculino (que saudade), mas ver um tenista brasileiro batendo verdadeiros mitos, foi inusitado demais. É algo por aí...

Quanto ao livro, espero que curta. Depois você me fala.

Agradeço a visita constante

Pascoal disse...

Eu fico feliz de ter aconpanhado toda a carreira desse manezinho, que mais do que um grande campeão, sempre foi um exemplo de caráter e determinação.

A falta de reconhecimento é típica no nosso país então não me surpreende. Acho que foi o Milton Leite que escreveu em um texto sobre o Guga, "O brasileiro médio não gosta de esporte, gosta de vitórias".

Eu entendo seu ponto de vista, só acho que escolheu o momento errado, o Master Cup foi um grande feito, mas pra mim, o momento marcante dele foi o 1º Roland Garros. Aquela camisa colorida, a paralela de esquerda que marcou sua carreira, o carisma, fizeram muito brasileiro, eu incluso, que não sabiam nem as regras do tênis, correrem para se matricular em academias.

Pascoal disse...

Em tempo, eu sempre fico com uma inveja (boa, se é que existe) quando alguém fala que viu Pelé ou Wlamir Marques ou outro grande jogador do passado. Tenho certeza que no futuro vou ter o prazer de comentar em uma roda de pessoas mais novas: "Guga, esse foi genial acompanhei sua carreira inteira, e assisti quatro partidas dele ao vivo"
- Allez GUGA

Vladir Lemos, jornalista disse...

Pascoal,

passei uns dias fora, por isso só lhe respondo agora. Com certeza um dia você dirá que viu Guga "ao vivo" e causará inveja. Quanto ao primeiro Roland Garros, também vi, mas a vitória da Masters Cup colocou Guga no primeiro lugar dos dois rankings. Ou seja, fez dele o melhor do mundo. Mas, olha, te entendo, talvez o primeiro Roland Garros tenha sido mesmo mais forte em emoção.

Abraço