segunda-feira, 26 de março de 2018

Alemanha x Brasil: o próximo capítulo


Amanhã a Seleção Brasileira ficará frente a frente com a Alemanha. Será a primeira vez desde o fatídico 08 de julho de 2014 quando eles nos impuseram a mais retumbante das derrotas. Em matéria de dor pode até ser que a sofrida para a Itália nos idos de 1982 lhe seja páreo. Mas quando consulto meu coração a respeito ele diz que quando caímos na Espanha era como se alguém tivesse pedido licença para sentar no trono que nos pertencia. E que quando caímos naquele dia no Mineirão foi como se tivéssemos recebido uma ordem de despejo do mesmo. 

Depois de um sem fim de mesas redondas a conclusão mais óbvia do acontecido é a de que teria sido provocado por uma mistura fatal, cujos ingredientes principais foram uma tática suicida brasileira e um planejamento alemão exemplar. Interessante notar nessa véspera o tom das declarações dos alemães. Pode até ser que no íntimo estejam rindo, mas dizem em uníssono que mais importante do que a histórica goleada foi ter conquistado a Copa do Mundo. E não dão a mínima impressão de falarem nesse tom para não atropelar o senso do politicamente correto. 

Os caras pensam diferente. E acho que seguimos tendo muito a aprender com eles. Prova dessa minha teoria é o zagueiro Ginter ter dito, depois de muito elogiar Neymar, que ninguém vale o valor que pagaram pelo craque brasileiro, nem mesmo ele, vendido pelo Dortmund por "meros" dezessete milhões de euros. Não vou aqui ficar desfiando um rosário técnico e tático, que isso é coisa pra especialista. Se ficou mesmo uma lição de tudo o que vimos acontecer é a de que contra um adversário maduro e bem preparado todo o cuidado é pouco. E que apesar de Tite e de todo o talento que ainda se vê nos jogadores brasileiros, pouco mudamos a nossa maneira de tratar o futebol como um todo. Ou seja, goleando, ou não, os alemães seguem tendo muito a nos ensinar. 

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