Amanhã a Seleção Brasileira ficará frente
a frente com a Alemanha. Será a primeira vez desde o fatídico 08 de julho de
2014 quando eles nos impuseram a mais retumbante das derrotas. Em matéria de
dor pode até ser que a sofrida para a Itália nos idos de 1982 lhe seja
páreo. Mas quando consulto meu coração a respeito ele diz que quando caímos na
Espanha era como se alguém tivesse pedido licença para sentar no trono que nos
pertencia. E que quando caímos naquele dia no Mineirão foi como se tivéssemos
recebido uma ordem de despejo do mesmo.
Depois de um sem fim de mesas redondas a
conclusão mais óbvia do acontecido é a de que teria sido provocado por uma mistura
fatal, cujos ingredientes principais foram uma tática suicida brasileira e um
planejamento alemão exemplar. Interessante notar nessa véspera o tom das
declarações dos alemães. Pode até ser que no íntimo estejam rindo, mas
dizem em uníssono que mais importante do que a histórica goleada foi ter
conquistado a Copa do Mundo. E não dão a mínima impressão de falarem nesse tom
para não atropelar o senso do politicamente correto.
Os caras pensam diferente. E acho que seguimos tendo muito a aprender com eles. Prova dessa minha teoria é o
zagueiro Ginter ter dito, depois de muito elogiar Neymar, que ninguém vale o
valor que pagaram pelo craque brasileiro, nem mesmo ele, vendido pelo Dortmund
por "meros" dezessete milhões de euros. Não vou aqui ficar desfiando um rosário
técnico e tático, que isso é coisa pra especialista. Se ficou mesmo uma lição de tudo
o que vimos acontecer é a de que contra um adversário maduro e bem preparado
todo o cuidado é pouco. E que apesar de Tite e de todo o talento que ainda se
vê nos jogadores brasileiros, pouco mudamos a nossa maneira de tratar o futebol
como um todo. Ou seja, goleando, ou não, os alemães seguem tendo muito a nos
ensinar.
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