A Libertadores virou
a vedete do futebol deste nosso continente. Não há como brigar com essa
constatação. Só ela é capaz de oferecer aos apaixonados pelo jogo de bola
horizontes realmente largos, e fazer o nosso maltratado torcedor sonhar com
momentos grandiosos além das nossas fronteiras. Mas notem: é uma pompa mais
amparada em cifras e possibilidades do que propriamente nos tratos à bola.
Tecnicamente o torneio segue pobre. E não se iludam com o fato de que nos
últimos tempos as premiações aumentaram, pois se algum avanço houve nesse
sentido foi apenas como efeito colateral do que os cartolas se viram obrigados a
fazer depois de toda a imundície trazida à tona.
Por mais que os clássicos
tenham sido até agora a única possibilidade de algum prazer mais consistente com
o jogo de bola a chegada da fase de grupos da Libertadores neste meio de
semana de alguma forma inaugura a temporada. Ou, ao menos, deixa no ar um quê de
agora é pra valer. Certa vez ouvi alguém dizer que devemos tomar cuidado com o
que pedimos porque podemos ser atendidos. Ou seja, você torcedor que a essa
altura está convencido de que só o troféu da Libertadores lhe
fará verdadeiramente feliz, lembre - ainda que por cautela - que nos últimos
tempos ter de medir forças com o futebol do resto do mundo e, em especial o do
velho continente, tem sido motivo de profundo desgosto. Como disse o português
Cristiano Ronaldo esta semana, se eles jogam no nível deles conseguem ganhar.
Uma maneira elegante de dizer que em condições normais não somos páreos pra
eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário