quinta-feira, 1 de março de 2018

Ah, a Libertadores !


A Libertadores virou a vedete do futebol deste nosso continente. Não há como brigar com essa constatação. Só ela é capaz de oferecer aos apaixonados pelo jogo de bola horizontes realmente largos, e fazer o nosso maltratado torcedor sonhar com momentos grandiosos além das nossas fronteiras. Mas notem: é uma pompa mais amparada em cifras e possibilidades do que propriamente nos tratos à bola. Tecnicamente o torneio segue pobre. E não se iludam com o fato de que nos últimos tempos as premiações aumentaram, pois se algum avanço houve nesse sentido foi apenas como efeito colateral do que os cartolas se viram obrigados a fazer depois de toda a imundície trazida à tona. 

Por mais que os clássicos tenham sido até agora a única possibilidade de algum prazer mais consistente com o jogo de bola a chegada da fase de grupos da Libertadores neste meio de semana de alguma forma inaugura a temporada. Ou, ao menos, deixa no ar um quê de agora é pra valer. Certa vez ouvi alguém dizer que devemos tomar cuidado com o que pedimos porque podemos ser atendidos. Ou seja, você torcedor que a essa altura está convencido de que só o troféu da Libertadores lhe fará verdadeiramente feliz, lembre - ainda que por cautela - que nos últimos tempos ter de medir forças com o futebol do resto do mundo e, em especial o do velho continente, tem sido motivo de profundo desgosto. Como disse o português Cristiano Ronaldo esta semana, se eles jogam no nível deles conseguem ganhar. Uma maneira elegante de dizer que em condições normais não somos páreos pra eles. 

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