quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Desafinado

A falta de harmonia começou na cerimônia de abertura, com fogos estourando em cima da orquestra que tocava o hino nacional.
Em campo a coisa também não se harmonizou. Não havia meio de acertar o ritmo.
Mas Luis Fabiano, num exemplo impressionante de fé, correu atrás da bola e usou a força pra começar a salvar a exibição diante do Uruguai.
Da torcida, que foi acusada de impaciente, o que se viu uma dose extrema de benevolência. Resistiu sem reclamar até os quarenta minutos.
Quase uma atitude budista, tendo em vista o que acontecia em campo.
Como negócio a noite foi um sucesso. Faturamento de quatro milhões e trezentos mil reais.
A maior bilheteria da história do futebol brasileiro.
O time de Dunga só tomou a frente, e construiu o placar de dois a um, quase na metade do segundo tempo. De novo Luis Fabiano, que se encarregou de fazer esse Brasil desafinado dar samba.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu deveria aqui comentar o último texto, mas vou um pouco mais longe. Lendo e relendo algumas de suas crônicas me fez sentir saudade de um tempo em que as pessoas se preocupavam com os fatos e não com as polêmicas. Saudade das boas histórias do futebol, dessas que você saber contar como ninguém!

Vladir Lemos, jornalista disse...

Soraia, sabe que me divirto com o blog justamente por ele dar a chance de revelar algo que não teria espaço por aí. Estamos no auge da fase polêmica, não acha?
Bom, o blog está aí, visite sempre. Abraço!!!