Certas situações me fazem lembrar muito de ter ouvido uma vez que a fala nos devia ser dada em metros. Assim, as pessoas pensariam mais antes de usá-la. Ou o certo seria dizer gastá-la?
Desse modo, talvez, o lance entre o lateral Dyego Rocha (Coelho), do Atlético Mineiro, e o meia Kerlon, do Cruzeiro, tivesse ocupado na crônica esportiva apenas o espaço que merecia.
Hoje, ao ler que o encarregado da defesa atleticana, ao comentar a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, disse que o caso “merecia ter tido a oportunidade de ser mais profundamente discutido”, senti um calafrio.Chega!
O mesmo advogado chegou a alegar que Kerlon fez “malabarismos”.
Bom, o Houaiss diz que malabarismo é, antes de tudo, coisa de artista. E nosso futebol não anda em condição de dispensar artistas pelo que eu tenho visto.
Não vou comentar a suspensão de 120 dias imposta ao jogador do time mineiro, porque cabe recurso, e tá na cara que não vai ficar nisso.
Agora, o que me impressionou mais do que o ocorrido e o decidido foi a linguagem usada pela procuradoria do tribunal, que pediu a punição para evitar “a vitória de Coelho sobre a Foca, consagrando a vitória dos brucutus”.
Sem dúvida, obra de um craque das letras. Mas, infelizmente, adepto de palavras tão toscas quanto a entrada do lateral do Atlético.
Antes de encerrar, agradeço a atenção do meu colega de redação Bi Ribeiro, que podendo fazer uso de uma linguagem coloquial, chegou ao meu lado e disse:
-Ô meu! Olha isso!
Pois é, Bi Ribeiro!
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
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2 comentários:
Como foi de férias? Tudo bem? Um abraço
Grande Renato, foi tudo bem. Muito bacana. Fiquei feliz em saber que você passou por aqui. Tô voltando aos poucos. Abraço!
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