quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Ô meu! Olha isso.

Certas situações me fazem lembrar muito de ter ouvido uma vez que a fala nos devia ser dada em metros. Assim, as pessoas pensariam mais antes de usá-la. Ou o certo seria dizer gastá-la?
Desse modo, talvez, o lance entre o lateral Dyego Rocha (Coelho), do Atlético Mineiro, e o meia Kerlon, do Cruzeiro, tivesse ocupado na crônica esportiva apenas o espaço que merecia.
Hoje, ao ler que o encarregado da defesa atleticana, ao comentar a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, disse que o caso “merecia ter tido a oportunidade de ser mais profundamente discutido”, senti um calafrio.Chega!
O mesmo advogado chegou a alegar que Kerlon fez “malabarismos”.
Bom, o Houaiss diz que malabarismo é, antes de tudo, coisa de artista. E nosso futebol não anda em condição de dispensar artistas pelo que eu tenho visto.
Não vou comentar a suspensão de 120 dias imposta ao jogador do time mineiro, porque cabe recurso, e tá na cara que não vai ficar nisso.
Agora, o que me impressionou mais do que o ocorrido e o decidido foi a linguagem usada pela procuradoria do tribunal, que pediu a punição para evitar “a vitória de Coelho sobre a Foca, consagrando a vitória dos brucutus”.
Sem dúvida, obra de um craque das letras. Mas, infelizmente, adepto de palavras tão toscas quanto a entrada do lateral do Atlético.
Antes de encerrar, agradeço a atenção do meu colega de redação Bi Ribeiro, que podendo fazer uso de uma linguagem coloquial, chegou ao meu lado e disse:
-Ô meu! Olha isso!
Pois é, Bi Ribeiro!

2 comentários:

Anônimo disse...

Como foi de férias? Tudo bem? Um abraço

Vladir Lemos, jornalista disse...

Grande Renato, foi tudo bem. Muito bacana. Fiquei feliz em saber que você passou por aqui. Tô voltando aos poucos. Abraço!