Não é de hoje que os times de futebol mais do que correr atrás de bons jogadores, correm atrás de bons negócios. Mas o que é um bom negócio?
No começo da década de noventa Palmeiras e Parmalat se uniram. Juntos deram o ponta-pé inicial na era das parcerias. Os resultados vieram muito antes do esperado. Títulos, fim de um longo jejum, euforia. Isso sem contar que os torcedores alviverdes falavam o nome da multinacional italiana com o carinho normalmente reservado aos ídolos.
O sucesso do Palmeiras sem dúvida teve papel decisivo para lançar outros clubes do país em verdadeiras aventuras. Vasco...Flamengo...Vitória da Bahia, e o próprio Bahia, entregaram-se de corpo e alma aos "parceiros".
O tempo se encarregou de tornar explícito o resultado dos investimentos. Centenas de milhões de reais, ao invés de salvar os clubes, os levaram ao fundo do poço.
Até o Palmeiras que parecia lucrar no início da parceria com a Parmalat acabou no prejuízo, afinal, é impossível dizer que o rebaixamento para a segunda divisão não foi, de certa forma, uma espécie de efeito colateral da união.
E ninguém mais se revelou tão propenso a esse tipo de casamento do que o Corinthians. Pretendentes nunca faltaram. Banco Excel, HMTF.
Os momentos felizes vividos ao lado do parceiro Excel quando os anos noventa caminhavam para o fim até serviram de álibi, quando o Corinthians se deixou seduzir por um novo pretendente, que todos sabiam, não era dono de bons antecedentes.
O resto da história todo mundo conhece, e o pior é que o final além de não ter nada de feliz, deixará marcas profundas por um longo tempo.
Cercado de dívidas, movido talvez pela cobiça, o Corinthians se entregou a um parceiro como quem, isento de caráter, aceita uma relação alimentando outros interesses.
Com as entranhas desse tipo de jogada cada vez mais escancaradas, resta aos torcedores duvidar daqueles que se apresentam como parceiros, como se duvida daquele jogador que acaba de ser contratado vindo de não sei onde.
A dona FIFA, com seu jeitão de senhora muito bem intencionada, está cheia de afilhados espalhados pelo mundo aceitando receber dinheiro de origem desconhecida. Só na Inglaterra tem um monte.
E mesmo sabendo que eles estão todos lá, de braços dados com parceiros que protagonizaram negociatas, violaram direitos humanos...
Dona FIFA prefere fazer de conta que não viu nada.
Ou seja, nesse mundo realmente não há antídoto para o mau casamento.
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