Chego na área outra vez empolgado com o que o Brasileirão nos reserva. Mas por mais que o grupo dos cinco primeiros colocados ostente pontuação que os coloca em outro patamar, pois há um verdadeiro degrau no número de pontos de tais times e os que vêm depois, é preciso incluir o clássico entre Santos e Corinthians entre as partidas que contribuem para essa dita empolgação. Mesmo porque um Santos e Corinthians nunca deixará de ser bom tempero a qualquer rodada que seja. Pelo que tenho sentido, do lugar em que estão os santistas olham pra cima. E os corintianos, um tanto escaldados, olham pra baixo. É aquela coisa, vamos nos divertindo como é possível.
E já que citei a tradição de um Santos e Corinthians, dá para dizer que a rodada trará diluída em si também a tradição do Gre-Nal. Isso porque o Palmeiras, exibindo fôlego de intimidar adversários e fazer sonhar sua torcida terá a missão de receber o Grêmio, no Pacaembu. E o tricolor gaúcho, na condição de quinto colocado sabe muito bem o que significará sair triunfante desse encontro. Não só por questões matemáticas mas, principalmente, por questões morais. Conseguir dificultar a vida do time palmeirense tem sido algo raro. Deixo aqui a minha solidariedade ao torcedor gremista que daria tudo pra poder contar com o futebol empolgante de Everton, o Cebolinha, que por causa de uma lesão não se apresentou à seleção brasileira que amanhã fará um nada atraente amistoso com a insípida seleção da Arábia Saudita, cuja importância no mundo do futebol está infinitamente mais ligada à grana do que ao talento para lidar com a bola.
Falo numa diluição do Gre-Nal porque teremos também o São Paulo indo ao estádio do Beira-Rio encarar o Internacional. O vice-líder, que na última rodada foi vitimado em parte pelo desespero do Sport Recife em fugir da degola, se não mostra o fôlego de um Palmeira, tem sido capaz de se segurar nessa disputa que tem sido ferrenha. Logo, aos gaúchos, colorados ou tricolores, está posta a possibilidade de se divertir não só com a vitória do próprio time como com um possível escorregão de seus grandes rivais. É claro que o Brasileirão tem muito mais a oferecer, até porque a disputa na parte de baixo da tabela anda tão emocionante quanto, só não dá pra dizer que empolgue, mesmo em casos como o do Ceará que o Lisca Doido tratou de desatolar da zona do rebaixamento. Embora por hora tenha voltado pra lá.
E por falar em empolgação, de empolgar também foram os capítulos finais do Campeonato Paulista de Futebol Feminino entre Santos e Corinthians, em especial o primeiro, que fez a Vila Belmiro receber o maior público da temporada. Não se trata num primeiro momento de ter uma modalidade endinheirada, mas ao menos com um calendário e um nível de organização que desperte a atenção de quem gosta de esporte e dê às meninas que vislumbrem nele um caminho a mínima possibilidade de um dia viver disso. Não suporto quando ouço alguém dizer que o futebol feminino não tem apelo, pois no fundo não se trata disso. Se trata de cuidar de uma modalidade em que comprovadamente não nos falta nem vocação e nem talento.
2 comentários:
Querem um apelo, esperem mais alguns poucos anos até despontar nossa jovem panoramense que atende por, Danila. Grande abraço meu caro, Vladir.
Outro procê, Delaim !
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