No domingo Palmeiras e Corinthians ficarão
frente a frente em derradeiro embate. Em jogo estará o título paulista deste
ano. Sem exagerar na milonga - pois desde o momento em que batuco estas linhas
muita água passará embaixo da ponte - digo que a situação está complicada pro
lado dos corintianos. Como se não bastasse o resultado adverso em casa, ter de
jogar a partida de volta fora e encarar um adversário cujo cofre o fez rico
de possibilidades para levar a campo, Claison a meu ver fará muito mais falta ao
time de Carille do que Felipe Melo ao time comandado por Roger machado.
A
confusão que gerou a expulsão dos dois de tão lamentável nem merece maiores
citações. Um tipo de ladainha encenada que só nos mostra com mais clareza o
comportamento baixo de alguns. Os de sempre, aliás. Mas para o torcedor, que
sempre terá legitimidade ao colocar a paixão acima da razão, nada está decidido.
Palmeirenses roerão as unhas esperando que o futebol não os assombre com sua
veia sobrenatural, enquanto corintianos estarão mais apegados do que nunca ao
dito de que o jogo só termina depois do apito. E nesse sentido andam com a fé
renovada depois de terem visto tudo o que viram acontecer nas semifinais.
Favas
contadas é ver o colombiano Borja, com seus sete gols, a um passo de se tornar
artilheiro do torneio. Nada nada entrará em uma galeria onde figuram nomes como
Pelé, Toninho Guerreiro, Sócrates, Careca e por aí vai. Só não chegará lá se o
zagueiro Balbuena ou o meia Jadson, que têm três gols cada, forem muito além do
que pode ser chamado de sobrenatural. Nos últimos dias os números de Borja
andaram estampados em vários cadernos de esportes. Comprado
por trinta e três milhões de reais depois de só não ter feito chover quando
enfrentou o São Paulo nas semifinais da Libertadores em 2016, o atacante esteve
longe de mostrar um futebol do tamanho da transação que o trouxe para a Academia
do Palmeiras.
Ano passado foi a campo quarenta e três vezes e cruzou a
fronteira para a temporada atual carregando módicos dez gols. Números que se
levados à média não são de empolgar. Mas em 2018 fez essa média triplicar
e ainda a temperou com um gol marcado no Júnior Barranquilha na estreia do
Palmeiras na Libertadores e outro na terça contra o Alianza. Borja foi uma
aposta alta. Quando chegou, tirando o modesto Cortuluá e o Santa Fé, não tinha
chegado a trinta partidas por nenhum clube. Na Academia não demora e alcançará a
de número sessenta. É claro, se já tivesse se provado não estaria
brigando, teria lugar garantido na seleção colombiana. Não é o caso. Mas Borja nunca teve tanto a ver com o
time que defende. Ele e o Palmeiras neste momento dão toda pinta de que vão
virar. Será?
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