quinta-feira, 20 de abril de 2017

Tite no Cartão Verde! Um convite.


Elogiar Tite neste momento é chover no molhado. Mas se há alguma liberdade permitida ao jornalista, além da informação, é o relato do vivido ao se apurar um fato ou notícia. O que não costuma ser comum. Valoroso nestes dias atuais é ter opinião. Vivemos na era da opinião. Costumo dizer aos amigos de ofício, ou aos que se interessam por ele, que atualmente quando alguém abre o jornal, se é que ainda abre, o sujeito vai primeiro nas linhas onde repousam opiniões... deixando pra depois a própria notícia. 

Mas é justamente um relato do vivido que quero deixar aqui como convite pra que vocês acompanhem o papo que o time do Cartão Verde travou com o técnico da seleção, e que será exibido nesta quinta às 22h30, pela TV Cultura. Tite tem neste momento um sem fim de escudos. Classificou a seleção para a próxima Copa com a rapidez que ninguém ainda tinha feito, caiu nas graças da torcida, inclusive daquela considerada mais azeda, fez o futebol brasileiro voltar a figurar no topo do ranking da FIFA, mas segue sendo o profissional de sempre, que se apresenta pro papo desarmado. 

Estampada no olhar e na fala firme está a segurança de quem venceu todas as etapas. Da segundona do Gaúcho ao degrau que costuma ser visto como sinônimo de glória. E só quem vive o meio do futebol sabe como isso é raro. Tite achava que chegaria lá antes? Achava. Mas mesmo tendo admitido a frustração fez questão de dizer a si mesmo: " agora não vai ficar chorando pelos cantos. vai trabalhar!" E foi !


Na conversa não escondeu o receio que teve de ver a seleção colocar toda a trajetória que ele tinha construído a perder. Pagou pra ver. Figura neste momento num altar de onde os homens inevitavelmente são tirados, ou de onde, passado o tempo, deixam de ser fervorosamente cultuados. Consciente disso afirma sem titubear que está pronto até pra perder uma Copa. Mas evita que a esperança morra em nós quando afirma, por exemplo, que o que ele preza no último terço do campo não é técnico que determina, é o lúdico, o criativo. Confesso que chega a ser difícil de acreditar. E o poder de convencimento de Tite - como é de se supor também - não é pequeno. E como Tite está longe de ser mais do mesmo não ouso duvidar. Chego mesmo a torcer. Espero que gostem do programa.  

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