terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O Cuca e o Osvaldo

Foto: Agência Palmeiras
Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Os dois treinadores citados acima podem ser vistos, sob certa ótica, como as notícias do dia. Cuca está de peito aberto em entrevista que abre o caderno de esporte da FOLHA. E os navegantes do mundo virtual também encontrarão o homem que levou o Palmeiras ao título do Brasileiro em entrevista concedida à ESPN nos bastidores da premiação do Troféu Bola de Prata. Dias atrás já tinha considerado muita precisa a resposta dada por ele ao ser questionado sobre o que disse Renato Gaúcho sobre a necessidade de um treinador estudar.

Cuca driblou a polêmica fazendo o entrevistador ver o óbvio. Em linhas gerais, afirmou ser bem diferente do colega. Disse que se ele dá tudo pra não entrar em polêmica, Renato, por sua vez, quase não consegue falar sem criar uma. Cuca foi além, afirmou que " se não sentir falta, talvez nem volte ao futebol".Sugeriu ainda querer notar se o futebol sentirá a falta dele. Confessou cansaço mental. Falkou da dificuldade que é lidar com todo um elenco. Da relação que mantém com os bichos. E fez ver também o quanto o rótulo de supersticioso lhe foi imposto pela mídia, ao comentar sobre a calça vinho que gosta de vestir.  ão é só o campo que revela as razões de um sucesso.

Sucesso que Osvaldo de Oliveira esteve longe alcançar no breve tempo em que esteve no comando do Corinthians neste final de temporada. E quando digo sucesso é porque considero que se tivesse conseguido colocar o time na Libertadores de alguma forma teria sido bem sucedido. Fosse qual  fosse o futebol apresentado. A pressão sobre o presidente do clube é grande. E se o mandatário realmente disse ao treinador que ele seguiria no comando independentemente do que acontecesse este ano, a situação é mais delicada ainda. Osvaldo ficará? A pergunta deve ser respondida logo.

Mas seja qual for o ofício, trabalhar em ambiente hostil nunca é o ideal. Mas quando se trata de técnicos de futebol talvez isso venha a ser comum. Pode ser. Sendo assim é até possível que resida aí um dos muitos motivos para o grande número de demissões que vemos a cada temporada. Diante disso não descarto a possibilidade de que não continuar no cargo seja uma decisão acertada até mesmo para Osvaldo de Oliveira. De outro modo, terá deixado transparecer uma certa queda por desafios do tipo tudo ou nada.

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