Sempre gostei muito de história e por isso não são poucas as horas que passo
imaginando o papel que o tempo reservará a certos acontecimentos e épocas. Vira e mexe
deixo rastros desse meu comportamento por aqui. Essa pasmaceira que vive o nosso
futebol, por exemplo. Será que um dia veremos nos livros de história os idos da
década de 2010 traduzidos como um momento em que o futebol brasileiro amargou
uma grave crise técnica? Ou tudo isso não passa de falta de foco de
cronistas pouco sensíveis ao que realmente constrói a história? Vou chocando
dúvidas.
Mas aí vejo o Juca Kfouri dizer que a partida entre Chapecoense e Corinthians foi uma ofensa ao futebol, o Antero Greco escrever que as diretorias de Santos e Grêmio deveriam devolver o valor do ingresso para os valentes que foram á Vila Belmiro e começo a achar que não é rabugice minha. As evidências existem. Ter um único time brasileiro nas quartas de final da Libertadores. Um líder de Brasileiro cujos jogos foram nítidamente pífios. E pensar que no próximo final de semana teremos um clássico entre São Paulo e Corinthians sem Alexandre Pato e Jadson, que por força de cláusulas contratuais não poderão enfrentar seus ex-times.
Assim deixaremos de ver cifras astronômicas a caminho do exterior dirão os entusiastas da ideia. E com a grana preta que irá entrar criaremos um fundo de iniciação esportiva escolar, justificarão outros. Ou seja, as histórias maravilhosas de sempre, que serão levadas adiante exatamente pelos personagens manjados que estão em cena há tempos e que nos condenam, não é de hoje, a num futuro próximo constatar que o esporte brasileiro continua sofrendo de velhas chagas
Mas aí vejo o Juca Kfouri dizer que a partida entre Chapecoense e Corinthians foi uma ofensa ao futebol, o Antero Greco escrever que as diretorias de Santos e Grêmio deveriam devolver o valor do ingresso para os valentes que foram á Vila Belmiro e começo a achar que não é rabugice minha. As evidências existem. Ter um único time brasileiro nas quartas de final da Libertadores. Um líder de Brasileiro cujos jogos foram nítidamente pífios. E pensar que no próximo final de semana teremos um clássico entre São Paulo e Corinthians sem Alexandre Pato e Jadson, que por força de cláusulas contratuais não poderão enfrentar seus ex-times.
Ora, acabamos de ver a UEFA impedir que
algo assim acontecesse no maior torneio de clubes da Europa, ao vetar a cláusula
que impedia o goleiro belga Thibaut Courtouis de enfrentar o Chelsea, que
o emprestou ao Atlético de Madrid. E o argumento foi simples: manter a
integridade da competição. Gesto corajoso que nossa CBF deveria copiar.
Agora, aqui quando se fala nisso chovem justificativas. No futebol em si ninguém
pensa. Mas, voltando ao contexto histórico, arrisco dizer que no futuro iremos
lembrar que foi um pouco antes dessa Copa do Mundo no Brasil que a bancada da bola
nos condenou a mais um de seus dribles descarados e aprovou não só o
refinanciamento das dívidas bilionárias dos clubes como, ainda por cima, colocou
no pacote a liberação das apostas on-line. Tudo em nome do nosso esporte.
Assim deixaremos de ver cifras astronômicas a caminho do exterior dirão os entusiastas da ideia. E com a grana preta que irá entrar criaremos um fundo de iniciação esportiva escolar, justificarão outros. Ou seja, as histórias maravilhosas de sempre, que serão levadas adiante exatamente pelos personagens manjados que estão em cena há tempos e que nos condenam, não é de hoje, a num futuro próximo constatar que o esporte brasileiro continua sofrendo de velhas chagas
Nenhum comentário:
Postar um comentário