Vamos lá, sem meias palavras. A atitude do lateral Daniel Alves de comer a
banana que lhe foi atirada no gramado na partida entre Barcelona e Villarreal
foi simplesmente sensacional, espirituosa. Foi dessas atitudes que
desconcertam. Pouco depois veio a declaração do pai do jogador dizendo que era
preciso tomar cuidado pois ela poderia estar envenenada. Não cheguei a pensar
exatamente nisso mas estou convencido de que a partir de agora ninguém deve
repetir o ato. Quem nos garante que, depois do que se viu, esses infelizes
capazes de fazer esse tipo de coisa não terão uma ideia perversa dessa?
O ocorrido me fez lembrar de uma cena que presenciei uns dez ou doze anos atrás quando fui à Espanha fazer uma série de matérias com jogadores brasileiros. Na época o lateral Roberto Carlos ocupava um lugar de destaque no time do Real Madrid. E não era um Real Madrid qualquer. Era um time merengue na versão que incluía nomes como Zidane e Raúl.
A entrevista foi gravada na Cidade Desportiva que era o nome do centro onde o time treinava. Ao terminar nos dirigimos para a parte de trás do lugar, onde ficava o estacionamento e, lógico,onde os torcedores se amontoavam em meio a Porsches, Mercedes e Maseratis em busca de uma foto ou um autógrafo. Roberto Carlos, como boa parte das estrelas ali cumpriu o ritual. Parou o carro, tirou fotos, trocou sorrisos, conversou.
A única diferença entre ele e Zidane, Figo, Hierro, é que ao sair, para estes ninguém gritou a frase que um certo torcedor gritou quando o carro de Roberto Carlos já ia longe: "Roberto Carlos que macaco éres, hein?". Um jornalista espanhol que estava ao meu lado pareceu constrangido e me olhou com cara de quem diz... as coisas aqui nesse sentido não são fáceis. Mas, quero crer, um dia ainda iremos evoluir.
O ocorrido me fez lembrar de uma cena que presenciei uns dez ou doze anos atrás quando fui à Espanha fazer uma série de matérias com jogadores brasileiros. Na época o lateral Roberto Carlos ocupava um lugar de destaque no time do Real Madrid. E não era um Real Madrid qualquer. Era um time merengue na versão que incluía nomes como Zidane e Raúl.
Recordo que para exemplificar a importância do
brasileiro um dos diretores de marketing do time foi até sua mesa, sacou um
carnê de ingressos e nos mostrou com entusiasmo quem é que estava estampado na
capa. Roberto Carlos, claro. Segundo o diretor a identificação do torcedor do
time madridista com Roberto Carlos era enorme. Sua simpatia tinha virado uma
arma do clube para conquistar novos associados. Dava também como prova dessa
simpatia o fato do sorriso do lateral brasileiro ter recentemente vencido um
concurso realizado por uma associação de dentistas.
A entrevista foi gravada na Cidade Desportiva que era o nome do centro onde o time treinava. Ao terminar nos dirigimos para a parte de trás do lugar, onde ficava o estacionamento e, lógico,onde os torcedores se amontoavam em meio a Porsches, Mercedes e Maseratis em busca de uma foto ou um autógrafo. Roberto Carlos, como boa parte das estrelas ali cumpriu o ritual. Parou o carro, tirou fotos, trocou sorrisos, conversou.
A única diferença entre ele e Zidane, Figo, Hierro, é que ao sair, para estes ninguém gritou a frase que um certo torcedor gritou quando o carro de Roberto Carlos já ia longe: "Roberto Carlos que macaco éres, hein?". Um jornalista espanhol que estava ao meu lado pareceu constrangido e me olhou com cara de quem diz... as coisas aqui nesse sentido não são fáceis. Mas, quero crer, um dia ainda iremos evoluir.
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