quarta-feira, 23 de março de 2016

Nossa diversão... e os argentinos!




A Libertadores deu um tempo mas o abacaxi está aí pra ser descascado. Questão de tempo. Voltaremos ao assunto. Antes, lembro que esta semana a diversão fica por conta da seleção brasileira que amanhã entrará em campo pela primeira vez nesta temporada, e pra encarar o Uruguai o que sempre aguça os ânimos. Interessante é notar como a palavra diversão acaba soando esquisita. Que o futebol nos diverte não há dúvida. Mas a falta de arroubo, coisa que ele não tem provocado, e todas as questões pesadas que andam orbitando em torno da seleção nacional têm lhe roubado essa aura divertida. É certo que o grande clássico sul-americano embala o jogo em papel nobre, ainda mais agora que a história recente da celeste se encheu de bons momentos e eles ainda terão de volta o atacante Luis Suárez que anda jogando um bolão. A nós a história recente sugere esperar, no máximo, um bom resultado. Crer em uma apresentação de encher os olhos pode redundar em decepção. E nisso, até Dunga deve concordar já que o próprio não nega que atualmente vivemos pra nos refazer. Veremos. Mas vamos voltar à Libertadores. 

Pelo visto ter três dos últimos quatro campeões da América dirigindo o trio de ferro paulista, como a imprensa fez questão de ressaltar paralelamente à chegada de Cuca ao Palmeiras, pouco significa. Eu continuo intrigado com a velha questão: Se os treinadores argentinos estão mesmo em um patamar acima dos nossos, vide o sucesso deles mundo afora, e se o futebol brasileiro - apesar dessa nossa economia descendo ladeira - paga infinitamente melhor do que os seus vizinhos de continente, qual a razão para termos tantos jogadores sul-americanos por aqui e quase nenhum treinador? 

Tite, até que se prove o contrário, anda fazendo o que se espera de um comandante com esse perfil. Cuca, o Palmeiras foi buscar tarde demais para que se diga, caso o time acabe eliminado como sugerem os números atuais, que ele não deu conta do recado. E o Edgardo Bauza? Duas vezes campeão da Libertadores, El Patón, anda vivendo uma adaptação que mais parece um calvário. Dias atrás pra ajudar o zagueiro Maicon que desembarcou recentemente no tricolor disse que falta compromisso ao elenco são-paulino. Deveria ter ficado calado, mas prefiro encarar o que foi dito como uma absolvição ao treinador argentino que ainda terá dois jogos em casa, apesar de ter jogar a última rodada da fase de grupos contra o The Strongest nas alturas de La Paz. Com míseros dois pontos conquistados nesse momento se o São Paulo vier a se classificar estaremos diante de mais um sinal de que os técnicos argentinos devem mesmo ter algo a ensinar aos nossos.
 

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