quinta-feira, 25 de junho de 2015

Neymar, sempre Neymar !


Nestes dias que correm me sinto dividido entre a interpretação do jogo e a desconfiança. Não sei se vocês perceberam. Houve um detalhe intrigante com relação ao craque do Barcelona. Integrado à seleção tardiamente em virtude da final da Copa de clubes da Europa o primeiro auê que o astro causou foi com relação a escalação dele no amistoso contra Honduras. Quem for à internet verá que chegou a ser noticiada uma certa insatisfação por parte dos patrocinadores. Eles reclamavam a confirmação de Neymar como titular. O que fatalmente alavancaria a venda de ingressos. O interessante foi Dunga ter dito na véspera, com todas as letras, que Neymar iria jogar, o que não é muito o estilo dele. 

Mas no dia seguinte...  quando o time foi anunciado Neymar não estava entre os titulares. Ele jogou? Jogou, no segundo tempo. Sendo assim, não teria sido mais preciso Dunga dizer que contava com ele mas que não sabia exatamente em que momento? Teria o treinador cedido ao pedido dos insatisfeitos? Olha, que tudo gire em torno de Neymar não deve espantar. Basta olhar o futebol dele e o dos outros. 

Bom, depois veio a apresentação desastrada contra a Colômbia. Ali o que me chamou a atenção foi uma declaração dada por Neymar logo após o jogo. Dizia o craque - sobre o lance do cartão amarelo recebido - que não iria mentir: a bola tinha mesmo batido na mão dele. Segundos depois voltaria a descrever o lance. Mas dessa vez afirmando que no calor do momento não tinha nem notado a bola lhe bater na mão. Como assim? Neymar tem todo o direito de ter um dia ruim. Mas é fácil notar que ele não tem se portado de modo inteligente em campo. Já na estréia contra o Peru fez lá suas graças e andou às turras com o dono do apito. Só perdeu com tal atitude, pois o juiz passou a ter uma visível má vontade com os pedidos feitos por ele.

Jogar assim é o seu estilo, tudo bem. Mas esperar que alguém ali trabalhe para preservá-lo é de uma inocência total. Melhor seria aprender a ser discreto como Messi e, em último caso, aprender a bater pra se defender como tão bem fazia Pelé. Tudo o mais deveria ser motivo de risada. Neymar reclamar que o bandeirinha o chamou de piscinero. Ouvir a CBF dizer que o juiz abusou da autoridade. Só não dá pra rir do fato da CBF não ter tentado diminuir a pena imposta ao jogador. E se o Brasil for à final? Vejam só! Está aí outro fato que me intriga. Afinal, a CBF decidiu poupar o craque? Achou que a presença dele deixaria o ambiente mais tenso, como andou sendo dito por aí? Ou simplesmente deixou de tratá-lo com a devida importância?  

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