De todas as impressões que trago comigo sobre a temporada do São Paulo a que alimento com mais convicção é a de que ela acabou até ofuscando um pouco o belo momento vivido pelo jovem Rodrigo Caio. Mas é só uma observação. Pois o assunto que se impõe no tricolor paulista é a possível chegada do ídolo, Rogério Ceni, para ocupar o lugar deixado por Ricardo Gomes, demitido hoje.
Ouvi gente por aí falar no Rueda, atual treinador do Atlético Nacional. Embora não conheça seus métodos detalhadamente, pela trajetória que vem construindo soa como um ótimo nome. Erro seria fechar as portas para um profissional de fora depois de o clube de ter vivido tudo o que viveu ao optar por Osório, e mais tarde por Bauza. Sigo considerando olhar para além das nossas fronteiras uma virtude.
Com relação à chegada de Rogério Ceni, considero o momento inoportuno, não só pela rapidez com que se dará a volta, mas principalmente pelo fato de acreditar que, em qualquer profissão, pular etapas envolve um risco considerável. No entanto, Rogério conhece profundamente o universo do futebol, e mais ainda o clube com o qual esteve envolvido desde sempre.
Diante da mínima possibilidade de ter sido lembrado porque - além de tudo o que sabe - ajudaria a acalmar a torcida, ou porque enxergam nele uma espécie de trunfo político, deveria cair fora. Até nisso o passar do tempo seria bem receitado. Escolhido em outro momento poderia se livrar de qualquer dúvida do tipo e, penso eu, estaria mais propenso a pensar em um São Paulo realmente modificado, que já não tenha nada a ver com o São Paulo que ele deixou ainda há pouco.
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