Você pode não fazer ideia mas o tal do VAR - o árbitro de vídeo - mais do que desnudar o que anda se desenhando em campo anda é revelando nossa índole, nosso jeitão. Não sou muito chegado a essa coisa de traçar um perfil e colocar um país de mais de duzentos milhões de pessoas inteiro dentro dele. Mas pensem nas reações que temos visto, nas questões que têm sido levantadas. Sei que aquele pênalti dado pro Flamengo, como muitos outros , foi difícil de engolir. Agora, mais difícil de engolir ainda foi saber que a Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados em Brasília recebeu na semana que passou três pedidos de audiência pública para tratar da questão. Isso mesmo , não estou delirando não. Pior do que isso só mesmo ter ficado sabendo horas depois que os três pedidos tinham sido analisados e aprovados.
Não que eu ache que valha a pena alimentar esse papo de que esse ou aquele time anda sendo ajudado pela ferramenta, mas tinha algo de piada no fato de os três requerimentos terem sido feitos por parlamentares flamenguistas. Interessante é não ter nenhum torcedor do América entre eles, ou do Bonsucesso. Digo isso pra que não me tirem por um tolo que acha que a arbitragem não tenda a ser caseira ou que em certas situações não acabe mesmo pendendo para esse ou aquele lado. Sejamos sinceros, Corinthians e Flamengo têm uma dimensão nesse nosso universo da bola que os distingue de todos os outros, queiram os adversários ou não. E, ora, se não são iguais, correrão sempre o risco de serem tratados de modo singular, para o bem e para o mal.
Se essa distinção pesa ou não na hora de arbitrar é apenas um viés dessa história. Ainda que um viés dos mais importantes. Não é justo, não é o ideal, mas é puramente possível. Se você acha que estou exagerando procure um ex-jogador que tenha defendido um time pequeno e pergunte a ele sobre como as coisas costumam se dar dentro de campo diante de times de outra envergadura, digamos. Neste país onde o futebol está em tudo e tem ao longo da história tido um papel preponderante na hora de eleger pessoas e onde elas muitas vezes não pensam duas vezes para cometer o suicídio de votar pensando no clube para o qual torcem não deveríamos mesmo encontrar motivos para pensar que a coisa pudesse se dar de outra forma. Essa questão do VAR por mais que esteja inserida em algo de grande apelo não deveria nem passar perto de Brasília, tantas são as coisas urgentes que o país tem pra resolver.
Causa ainda mais indignação saber que os requerimentos lá feitos, ao que tudo indica, devem ter sido pensados não com a intenção de ajudar mas com a intenção de colocar seus autores sob os holofotes. E o mesmo raciocínio vale para o caso do projeto de lei apresentado por certa figura pedindo a proibição do VAR no Rio de Janeiro. Ah! E o pau de selfie também. Vejam só o que certos homens públicos consideram prioridade! E é por isso que eu não me dou ao trabalho de citar nomes, embora não fosse má ideia citá-los e assim dar uma cara a todo esse ridículo. Se o VAR vai dar conta da missão que tem não sei, mas já se revelou muito preciso pra desnudar a nossa maneira perversa de pensar e agir e, ao que tudo indica, com a mínima possibilidade de ter cometido um erro de interpretação.
Não que eu ache que valha a pena alimentar esse papo de que esse ou aquele time anda sendo ajudado pela ferramenta, mas tinha algo de piada no fato de os três requerimentos terem sido feitos por parlamentares flamenguistas. Interessante é não ter nenhum torcedor do América entre eles, ou do Bonsucesso. Digo isso pra que não me tirem por um tolo que acha que a arbitragem não tenda a ser caseira ou que em certas situações não acabe mesmo pendendo para esse ou aquele lado. Sejamos sinceros, Corinthians e Flamengo têm uma dimensão nesse nosso universo da bola que os distingue de todos os outros, queiram os adversários ou não. E, ora, se não são iguais, correrão sempre o risco de serem tratados de modo singular, para o bem e para o mal.
Se essa distinção pesa ou não na hora de arbitrar é apenas um viés dessa história. Ainda que um viés dos mais importantes. Não é justo, não é o ideal, mas é puramente possível. Se você acha que estou exagerando procure um ex-jogador que tenha defendido um time pequeno e pergunte a ele sobre como as coisas costumam se dar dentro de campo diante de times de outra envergadura, digamos. Neste país onde o futebol está em tudo e tem ao longo da história tido um papel preponderante na hora de eleger pessoas e onde elas muitas vezes não pensam duas vezes para cometer o suicídio de votar pensando no clube para o qual torcem não deveríamos mesmo encontrar motivos para pensar que a coisa pudesse se dar de outra forma. Essa questão do VAR por mais que esteja inserida em algo de grande apelo não deveria nem passar perto de Brasília, tantas são as coisas urgentes que o país tem pra resolver.
Causa ainda mais indignação saber que os requerimentos lá feitos, ao que tudo indica, devem ter sido pensados não com a intenção de ajudar mas com a intenção de colocar seus autores sob os holofotes. E o mesmo raciocínio vale para o caso do projeto de lei apresentado por certa figura pedindo a proibição do VAR no Rio de Janeiro. Ah! E o pau de selfie também. Vejam só o que certos homens públicos consideram prioridade! E é por isso que eu não me dou ao trabalho de citar nomes, embora não fosse má ideia citá-los e assim dar uma cara a todo esse ridículo. Se o VAR vai dar conta da missão que tem não sei, mas já se revelou muito preciso pra desnudar a nossa maneira perversa de pensar e agir e, ao que tudo indica, com a mínima possibilidade de ter cometido um erro de interpretação.
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