Foto: Antônio Carneiro/Pernambuco Press |
Assumir um dos grandes times do país. Sob o vapor da euforia causada pela conquista de um título de Campeonato Brasileiro. Coisa que o clube não vivia há mais de meia década. Assumir o posto que era ocupado até alguns dias atrás por um treinador que, talvez, só não seja visto como páreo para o atual técnico da seleção brasileira. O desafio aceito por Eduardo Baptista e proposto a ele pelo Palmeiras é imenso.
Eduardo chegou lá trilhando um longo caminho como preparador físico. Nessa condição, tendo como suporte toda a vivência do pai, Nelsinho Baptista, conheceu o cotidiano profissional de clubes como Flamengo, Santos, Corinthians. Ao se tornar treinador no Sport, do Recife, conseguiu algo que costuma ser raro aos treinadores: tempo para trabalhar. Foi reconhecido na qualidade de campeão estadual e da Copa do Nordeste.
Mas pelo que disse na época sentiu que o tempo no Sport estava pra terminar. Fez, então, o quase óbvio caminho de quem se mostra capaz, acertou com um time de ponta, o Fluminense. Com ele, que tinha chegado no início de setembro, o Flu não caiu, mas foi eliminado na Copa do Brasil. O que sobrou de fôlego o estadual do ano seguinte consumiu e Eduardo se despediu das Laranjeiras antes de fevereiro deste ano terminar.
O capítulo seguinte vivido pelo ex-zagueiro, de carreira breve, que chegou a ser Campeão da Copa São paulo de Futebol Júnior com o Juventus, foi comandar a Ponte Preta, que como o torcedor deve lembrar deu caldo. Com ele o time de Campinas encerrou o Brasileirão em oitavo lugar. Ainda não tenho uma opinião formada a respeito de como o torcedor palmeirense o vê, Sob o ponto de vista do clube, me pareceu uma escolha diferenciada, que driblou o óbvio em matéria de contratação de treinadores. E isso não é pouco quando se trata de futebol brasileiro.
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