Algumas frases me chamaram a atenção nos últimos
dias. Uma delas foi dita por Filipe Luís.O
lateral da seleção afirmou que " brasileiro gosta de drible e futebol bonito",
para em seguida deixar claro que o gosto dele é outro. Filipe fez questão de
dizer que gosta é " de futebol eficaz, gols e títulos". Pelo momento em que foi
dita a frase fui levado a presumir que a intenção era a de agradar o técnico
Luiz Felipe Scolari. Pelo jeito de pouco serviu o esclarecimento já que a vaga
na lateral-esquerda ficou com o futebol mais bonito e eficaz de Marcelo.
Fred também fez nascer uma frase intrigante. O atacante titular da seleção ao conversar com os jornalistas deixou escapar um descontentamento. Disse ele: " Se eu faço gols, vocês dizem que só faço isso. Se corro e não faço gols, viro burro. Aprendi no futebol a correr na hora certa". Sinceramente? Não tenho visto ele correr quase nada, e achava até então que o que ele tinha aprendido pra valer era estar no lugar certo...na hora certa. Ontem contra o México, apesar de apagado - justiça seja feita - achei que ele se movimentou mais do que nos outros jogos. Teria sido pra fazer valer o que andou dizendo?
Mas em meio a tantos acontecimentos indigestos gerados pela Copa das Confederações nenhum me contrariou mais do que a brincadeirinha feita por um parlamentar quando falava sobre a corrida por ingressos para a abertura do evento em Brasília que agitava o Senado, a Câmara e outras instâncias. O digníssimo representante do povo não perdeu a piada e sugeriu ao repórter que o entrevistava que ao menos naquela semana poderia haver votação na sexta, já que muitos parlamentares não tinham voado para suas bases eleitorais como fazem sempre.
Olha, a seleção pode até ter melhorado mas se
Brasília continuar "funcionando" de terça a quinta será difícil que eu acredite
em qualquer virada de jogo. Entende? E Pelé, meu amigo, me desculpe, mas deixe
as vaias pra lá. A massa é incontrolável. Veja o caso da nossa presidente.
Talvez até não merecesse o que ouviu no
último sábado. Mas quem sabe não teria sido aplaudida se em algum momento
anterior tivesse mandado para escanteio a liturgia do cargo e tivesse falado
francamente o que pensa sobre o atual presidente da CBF. Enquanto isso não
acontece permanecem no ar os boatos de que ela foge de Marin que nem gato da
água. Às vezes, só há uma chance de escapar da vaia, aceitar os perigos de estar
no jogo e partir para o ataque. Viu Dilma? Viu Felipão?
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