terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A matéria da palavra (trecho)

Com palavras se esconde, com palavras se vira ao avesso.
E há no meio delas, à espreita, a impossibilidade de ordená-las só com o raciocínio. A palavra, ela nos pede os poros, os pêlos, os olhos, a boca, tudo de nós.

A palavra não é exatamente a que escrevo aqui, a que ensaio. Isso são letras, isso é escrita. Palavra é outra coisa. Algo diversa. Dispersa. Pura. Palavra é tradução dos sentidos. Não falo nem mesmo da palavra literária.

Falo dessa outra. Da palavra como a eleita. A que, de repente, fazemos nossa. A que deixamos escorrer por nossas mãos, a que nos revira o estômago, a que sentimos no sangue, fazendo dela nossos acalentados trinta e sete graus centígrados, quiçá mais.

É essa aí mesmo, a que você está sentindo te rondar para elucidar o que vai em ti. É dessa que falo. É dessa aí. Em que tão exata matéria nos chega essa palavra?

5 comentários:

Anônimo disse...

Fala Vladir!!

Se esse é um trecho, gostaria muito de ver o texto inteiro...

Deixaste-nos com água na boca...

Parabéns.

Abraço.

Ton
waguaru@hotmail.com

Anônimo disse...

Olha, uma poesia...[:D]

Anônimo disse...

Pô, cara, o verdadeiro poeta no meio do gramado, da arquibancada, da vida, mais uma prova vinda de ti, que poesia cabe em todos os lugares...no estádio, no grito de gol, no drible e em todos nós! Você que escreveu isso ou tiraste de algum lugar? Não que eu esteja duvidando, pelo contrário, com certeza, essa é a tua parte infíma!
Parabéns, saúde e paz! Abraços, Kiko.

Vladir Lemos, jornalista disse...

Kiko,

bom te ver por aqui, de verdade. Hora dessas coloco aqui um outro trecho desse texto meu.Já que agradou.

Saúde, paz!

Abraços

Vladir Lemos, jornalista disse...

Ton e Núbia,

bom fazerem parte do time dos seduzidos pela matéria da palavra.

Abraços