terça-feira, 31 de julho de 2007

Quase inacreditável

Imagine! Você está ao Norte do Deserto de Mojave, na Califórnia, quase na fronteira com o estado de Nevada, nos EUA. Um lugar onde as noites de verão facilmente atingem trinta e sete graus, principalmente no mês de julho. Um lugar onde em 1913 foi registrada a temperatura mais alta das Américas. A segunda mais alta do planeta. 56, 6 graus.
Não é por acaso que esse pedaço do Mundo ganhou o nome de “Vale da Morte”.
Agora, imagine que a única maneira de você sair dali é percorrer duzentos e dezessete quilômetros. Seu ponto de partida é o ponto mais baixo da América do Norte, 85 metros abaixo do nível do mar. Seu distante ponto de chegada está 2533 metros acima do nível do mar.
Foi esse o cenário da prova vencida na terça-feira passada pelo santista Valmir Nunes, que era um novato no desafio batizado de “Badwater”. Valmir tem quarenta e três anos, é bi-campeão mundial de ultramaratona e detentor de outras tantas marcas incríveis.
Ele não apenas venceu, melhorou em duas horas a melhor marca da prova. Cruzou a linha de chegada depois de 22 horas 51 minutos e 29 segundos.
Para se parecer um pouco com os normais, dosou a força, contornou problemas físicos, caminhou nos últimos dezessete quilômetros.
Chega a ser difícil de acreditar.

7 comentários:

Anônimo disse...

Cara, difícil de acreditar. Mas quando se trata do Valmir Nunes, nada parece impossível.

Se ele fosse grego e tivesse vivido pelo menos 500 anos antes de Cristo teria estátua de 200 metros em Atenas e sua história contada num desenho da Disney.

Anônimo disse...

oi vladir, to tentando comentar, mas não tem dado certo. já tentei ali no artigo, do álcool várias X e nada. abraços
marina

Vladir Lemos, jornalista disse...

O Valmir é um caso pra ser estudado, tô escrevendo outro artigo sobre ele, publico em breve.

Vladir Lemos, jornalista disse...

Marina, apesar da dificuldade que você enfrentou, consegui ler tuas mensagens, tá?

Unknown disse...

"The brazilian rookie", o novato brasileiro, como disseram os americanos ganhou a corrida na constância, passou boa parte em terceiro lugar, mas o que estava na frente "quebrou"(como falam os corredores), não aguentou o ritmo, e o então segundo colocado não tinha pernas pra segurar o Valmir, que também já venceu a tradicional Spartatlon, na Grécia...
Falta fazer a Maratona das Areias, no deserto do Saara, não duvido que ele resolva correr a prova e acrescentar mais um troféu à estante.

Vladir Lemos, jornalista disse...

Ô Mateus, gostei dos "detalhes" que você acrescentou. Prometo que se encontrar com o Valmir correndo por aí vou perguntar. E até sugerir! Abraço

Anônimo disse...

Vla, tenho acompanhado sua coluna em AT e seu blog, mas não conseguia postar comentários (deve ser um problema na pecinha na frente do computador). Vamos ver se agora consigo. Hoje à noite nos vemos. Não vamos perder o sucesso do nosso amigo. Bjus, saudade, Fê Lopes