Não, o torcedor de arquibancada não é um sujeito qualquer. Muitos gostam, acompanham o futebol, amam o jogo de bola, sem fazer questão de ver seu time preferido “in loco”. Têm com ele uma relação distante, se contentam em vê-lo pela televisão, ouvi-lo pelo rádio, ou encontrá-lo nas páginas dos jornais.
O torcedor de arquibancada se assemelha muito àquele cara de que, de tão apaixonado, suporta até ser maltratado pela mulher amada. De outra forma já teria dado um basta nessa realidade que beira a crueldade. Não quero judiar ainda mais desses nobres corações, mas vou avisando que vai ficar ainda mais caro sustentar essa paixão.
Esta semana a Federação Paulista de Futebol começou a tramar um aumento no preço dos ingressos. Os dirigentes alegam que é preciso vitaminar a arrecadação das bilheterias, que ela precisa ser uma das principais fontes de renda dos clubes.E tem mais. Disseram ainda que o fato do Brasil ser a sede da Copa de 2014 vai melhorar os estádios, trazer mais conforto a quem mantém esse hábito. Sem dúvida enxergam nesse torcedor bem disposto alguém capaz de financiar um futebol que eles prometem entregar só no futuro.
Meus amigos, se o futebol piorou, na média, a qualidade daqueles que encarnam esse papel piorou também. Prova disso são os confrontos, as brigas, as facções que andam por aí. Não quero cometer o pecado da generalização, mas também não quero cometer o pecado da
omissão, e deixar passar a oportunidade de dividir essa reflexão com vocês. Não foi à toa que a emoção nos olhos vidrados do torcedor que freqüentava a extinta geral do Maracanã, sensivelmente captada pelas lentes do também extinto Canal 100, impressionavam tanto. Eu mesmo, na condição de repórter, testemunhei muitos momentos de pura devoção, e ao escrever essa coluna me lembrei de duas figuras assim.
Uma delas, o Seo Hilário Garcia, um barbeiro apaixonado pelo Jabaquara, cujo amor pelo time da Caneleira jamais precisou de craques para florescer. E, além dele, uma senhora que conheci anos atrás quando fazia um documentário sobre os 100 anos do Sport Recife. Foi o amigo e chargista Humberto Araújo que me apontou Dona Maria José, 79 anos, entrando no estádio da Ilha do Retiro, sozinha, no meio da multidão, pronta pra assistir mais uma peleja do Leão da Ilha.
Semanas atrás, acompanhava uma matéria sobre o triunfo do time rubro-negro no primeiro turno do Campeonato Pernambucano, e quem meus olhos encontraram no meio da galera? Maria José, já muito além dos 80, se equilibrando numa mureta, pulando como menina. Fosse o Jabuca, Hilário estaria fazendo o mesmo. A bandeira de cores amarela e vermelha raramente parava de tremular em suas mãos.
Volto a dizer, o torcedor de arquibancada não é um sujeito qualquer, merecia tratamento mais digno, e hoje em dia, antes de tudo, é um destemido.
sexta-feira, 28 de março de 2008
quinta-feira, 27 de março de 2008
A China aos olhos do mundo
Diante dos acontecimentos revelados algum tempo atrás sobre a conduta do governo chinês ao cuidar da preparação dos Jogos Olímpicos, não resisti, e coloquei aqui no blog uma enquete perguntando se as pessoas achavam que os fatos que tinham vindo à tona poderiam manchar a imagem do evento. O resultado mostrou que a maioria não acredita que os Jogos corram esse tipo de risco. Vale lembrar que não eram acusações leves, uma delas afirmava que os chineses haviam tratado com a Al-Qaeda para evitar ações terroristas durante a Olimpíada.
Volto ao tema agora, porque hoje pela manhã ouvi uma discussão entre jornalistas que analisavam a atitude do presidente francês Nicolas Sarkozy, que propôs boicotar a abertura dos Jogos.
Na verdade, ele não propôs, em poucas e outras palavras afirmou que "tudo é possível" quando se reflete sobre o cenário que está se formando.
Que um político desse porte tenha feito tal pronunciamento por enxergar nisso tudo uma oportunidade de melhorar a reputação, não é algo improvável. Os mais interessados na questão, provavelmente, vão dizer que usar o evento com outros fins não é leal.
A minha opinião é que para quem quer fazer uma causa ganhar visibilidade a olimpíada é um cenário ideal. E se a causa é justa...
O governo chinês terá que ter muita sensibilidade pra lidar com a questão, que deve se tornar cada vez mais complexa. Num primeiro momento diria que ao aceitar sediar os jogos a China se viu surprendida com o tamanho da exposição, e agora paga um preço caro por ter aceitado ficar exposta aos olhos do mundo.
Volto ao tema agora, porque hoje pela manhã ouvi uma discussão entre jornalistas que analisavam a atitude do presidente francês Nicolas Sarkozy, que propôs boicotar a abertura dos Jogos.
Na verdade, ele não propôs, em poucas e outras palavras afirmou que "tudo é possível" quando se reflete sobre o cenário que está se formando.
Que um político desse porte tenha feito tal pronunciamento por enxergar nisso tudo uma oportunidade de melhorar a reputação, não é algo improvável. Os mais interessados na questão, provavelmente, vão dizer que usar o evento com outros fins não é leal.
A minha opinião é que para quem quer fazer uma causa ganhar visibilidade a olimpíada é um cenário ideal. E se a causa é justa...
O governo chinês terá que ter muita sensibilidade pra lidar com a questão, que deve se tornar cada vez mais complexa. Num primeiro momento diria que ao aceitar sediar os jogos a China se viu surprendida com o tamanho da exposição, e agora paga um preço caro por ter aceitado ficar exposta aos olhos do mundo.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Qual é a sua torcida ?
Acabo de ler a notícia sobre a decisão da Federação Paulista de Futebol de proibir duas das principais torcidas organizadas - uma do Palmeiras e uma do São Paulo - de entrar nos estádios até o fim do Campeonato Estadual.
Mas desde já me pergunto:
Quem será capaz de fazer valer o que ficou decidido?
E depois que o Campeonato acabar, nossa realidade será outra?
Nessa hora qual é a sua torcida?
A minha é para que essa realidade dura que ronda nossos estádios,
um dia, fique pra trás.
Mas desde já me pergunto:
Quem será capaz de fazer valer o que ficou decidido?
E depois que o Campeonato acabar, nossa realidade será outra?
Nessa hora qual é a sua torcida?
A minha é para que essa realidade dura que ronda nossos estádios,
um dia, fique pra trás.
terça-feira, 18 de março de 2008
O Rei que se cuide...
Nossa última enquete dizia o seguinte:
Pelé aceitou o cargo de embaixador da Copa de 2014. Se aproximou de Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Na sua opinião as atitudes de Edson Arantes do Nascimento podem manchar a imagem do "Rei do Futebol" ?
77% disseram que sim
23% disseram que não
Fiz essa proposta com a intenção de seguir a linha da enquete anterior, que perguntava se a imagem dos Jogos de Pequim poderia ser manchada por questões políticas e pelas atitudes do governo chinês. Aliás, um cenário que se complica a cada dia pelo que temos visto.
Bom, a linha foi a mesma , mas o resultado não. No caso da Olimpíada, a maioria acredita que o evento de Pequim não corre esse risco.
Já o Rei...
Pelé aceitou o cargo de embaixador da Copa de 2014. Se aproximou de Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Na sua opinião as atitudes de Edson Arantes do Nascimento podem manchar a imagem do "Rei do Futebol" ?
77% disseram que sim
23% disseram que não
Fiz essa proposta com a intenção de seguir a linha da enquete anterior, que perguntava se a imagem dos Jogos de Pequim poderia ser manchada por questões políticas e pelas atitudes do governo chinês. Aliás, um cenário que se complica a cada dia pelo que temos visto.
Bom, a linha foi a mesma , mas o resultado não. No caso da Olimpíada, a maioria acredita que o evento de Pequim não corre esse risco.
Já o Rei...
quinta-feira, 13 de março de 2008
Bizarrices
Percebi nos dias passados algo de bizarro. Veja se está de acordo.Que outra palavra poderia simbolizar o que tem se passado melhor do que bizarrice?
Paulo César de Oliveira foi, ou não foi bizarro? E pior ficou quando ele versou sobre o acontecido. Descreveu o movimento feito para intimidar e intimar do goleiro Palmeirense sobre o jogador do Bragantino como um pontapé, e ao exagerar, colocou um dos jogadores mais respeitados do nosso futebol sob o risco de tomar um gancho de ano e meio. Quinhentos e quarenta dias.
Seria isso uma bizarrice?
José Henrique de Carvalho, que apitou Corinthians e Guaratinguetá, conseguiu dar dois cartões amarelos para o mesmo jogador. Tudo bem, até aí nada demais. Mas conseguiu também deixar o jogador em campo. Acabou punido. Mas se trata, ou não, de uma outra bizarrice?
Ainda que a regra ampare o que foi feito, a lógica insiste em sugerir que de nada adianta, então, tanta comunicação entre eles. Já que nem o juiz e nem os bandeirinhas deram conta, o quarto árbitro não deveria ter orientado a arbitragem? Duvido que não tenha percebido, que alguém não tenha lhe soprado nos ouvidos.
E ver o Guará, líder do Campeonato Paulista em embate tão importante ter um gol legítimo anulado? Bizarrice ou não?
Um gol que deixaria o primeiro colocado de novo em pé de igualdade com o adversário, que seria uma dose imensa de estímulo. Um gol com força pra mudar muita coisa. E não valeu, simples. Simples ou bizarro?
Ouvi até que esta semana em certa partida golfe um dos competidores decidiu despejar toda sua frustração em cima de um pássaro por ter momentaneamente se afastado da glória. Não consegui mais detalhes, mas com certeza foi bizarro.
A história me fez lembrar de um certo treino do Santos. Havia na época um jogador conhecido por seus petardos e que, certo dia, resolveu provar suas qualidades de bom chutador na direção de um quero-quero. Prometo contar o caso com mais detalhes em outro momento. Olha, posso garantir com todas as letras... foi uma tremenda bizarrice. Ele acertou e matou a ave. É, assim como foi bizarro saber que a maratona dos Jogos de Pequim deve ficar sem o etíope recordista mundial, que sofre de asma, e não quer encarar um desafio desses respirando o quase insuportável ar poluído da cidade chinesa.
Ainda bem que no meio de tudo isso tem um golaço do Dodô, uma atuação daquelas do Valdívia... a expectativa de um clássico entre Palmeiras e São Paulo... uma medalha de prata da Maurren Maggi no Mundial Indoor... um Maracanã cheio de torcedores e bandeiras.
Abaixo a bizarrice. E bom final de semana.
Paulo César de Oliveira foi, ou não foi bizarro? E pior ficou quando ele versou sobre o acontecido. Descreveu o movimento feito para intimidar e intimar do goleiro Palmeirense sobre o jogador do Bragantino como um pontapé, e ao exagerar, colocou um dos jogadores mais respeitados do nosso futebol sob o risco de tomar um gancho de ano e meio. Quinhentos e quarenta dias.
Seria isso uma bizarrice?
José Henrique de Carvalho, que apitou Corinthians e Guaratinguetá, conseguiu dar dois cartões amarelos para o mesmo jogador. Tudo bem, até aí nada demais. Mas conseguiu também deixar o jogador em campo. Acabou punido. Mas se trata, ou não, de uma outra bizarrice?
Ainda que a regra ampare o que foi feito, a lógica insiste em sugerir que de nada adianta, então, tanta comunicação entre eles. Já que nem o juiz e nem os bandeirinhas deram conta, o quarto árbitro não deveria ter orientado a arbitragem? Duvido que não tenha percebido, que alguém não tenha lhe soprado nos ouvidos.
E ver o Guará, líder do Campeonato Paulista em embate tão importante ter um gol legítimo anulado? Bizarrice ou não?
Um gol que deixaria o primeiro colocado de novo em pé de igualdade com o adversário, que seria uma dose imensa de estímulo. Um gol com força pra mudar muita coisa. E não valeu, simples. Simples ou bizarro?
Ouvi até que esta semana em certa partida golfe um dos competidores decidiu despejar toda sua frustração em cima de um pássaro por ter momentaneamente se afastado da glória. Não consegui mais detalhes, mas com certeza foi bizarro.
A história me fez lembrar de um certo treino do Santos. Havia na época um jogador conhecido por seus petardos e que, certo dia, resolveu provar suas qualidades de bom chutador na direção de um quero-quero. Prometo contar o caso com mais detalhes em outro momento. Olha, posso garantir com todas as letras... foi uma tremenda bizarrice. Ele acertou e matou a ave. É, assim como foi bizarro saber que a maratona dos Jogos de Pequim deve ficar sem o etíope recordista mundial, que sofre de asma, e não quer encarar um desafio desses respirando o quase insuportável ar poluído da cidade chinesa.
Ainda bem que no meio de tudo isso tem um golaço do Dodô, uma atuação daquelas do Valdívia... a expectativa de um clássico entre Palmeiras e São Paulo... uma medalha de prata da Maurren Maggi no Mundial Indoor... um Maracanã cheio de torcedores e bandeiras.
Abaixo a bizarrice. E bom final de semana.
sábado, 8 de março de 2008
Nada vai mudar
Nossa última enquete propôs o seguinte:
O governo chinês tem sido alvo de sérias denúncias sobre a preparação dos Jogos Olímpicos de Pequim. Você acha que essas denúncias podem manchar a imagem do evento?
O resultado final foi....
63% disseram que não
37% disseram que sim
Participe já da próxima enquete, que segue a mesma linha.
O governo chinês tem sido alvo de sérias denúncias sobre a preparação dos Jogos Olímpicos de Pequim. Você acha que essas denúncias podem manchar a imagem do evento?
O resultado final foi....
63% disseram que não
37% disseram que sim
Participe já da próxima enquete, que segue a mesma linha.
sexta-feira, 7 de março de 2008
Rainhas e escravas
Nesse clima de descompromisso que a chegada do final de semana sugere você, talvez, ainda não tenha se dado conta de que amanhã não será um sábado qualquer. Meu amigo - aproveite a deixa - amanhã será o Dia Internacional da Mulher. E isso por si só já é um sinal de que os tempos são outros. Mas nem tudo mudou.
O futebol, por exemplo, continua negando a elas um espaço que o mundo já deu. A olimpíada de Pequim vem aí e as “meninas do Brasil” voltarão a ter seus quinze minutos de fama. Locutores empolgados vão tirar proveito do suor ludibriado daquelas a quem os dirigentes não cansam de prometer um futuro digno, ou uma simples oportunidade de viver da bola no país do futebol.
Lembremos, então, de Maria Lenk, paulistana, filha de alemães que se entregou à vida de braçadas, e não titubeou. Para se tornar a primeira brasileira, na verdade mais do que isso, a primeira sul-americana a participar de uma olimpíada, nossa nadadora encarou uma viagem de navio de seis semanas, até Los Angeles, sendo a única mulher da delegação. Isso em 1932.
Naquela época os jornais chegavam a afirmar que as mulheres que praticassem esporte não teriam filhos. Quem diria. Algumas décadas depois, a jogadora de vôlei Isabel, ícone da minha geração, deixava muita gente de cabelo em pé ao permanecer em quadra aos seis meses de gravidez. Dizem também que, certa vez, quinze dias depois de parir já estava de volta aos treinos. A personalidade de Isabel marcou época. Sua bravura não se limitava às quadras, escreveu Ruy Castro antes de registrar uma história saborosa.
Nos anos 80, Isabel, em Ipanema, ao ver um PM maltratando um mendigo, saltou do carro com uma barriga de sete meses para defender o velho. A coisa esquentou, outras mulheres compraram a briga, e mesmo intimidadas por metralhadoras, garantiram a liberdade do homem.
Mas as mulheres não conquistam apenas com fibra, conquistam com a alma. A inesquecível cena de Fidel Castro, totalmente seduzido por Paula e Hortência na hora de entregar as medalhas de ouro às brasileiras no Pan-americano de Cuba, em 1991, é prova dessa teoria. Se naquele instante Paula tivesse dito ao comandante:
_ Deixe essa coisa de regime pra lá. Instale nessa tua ilha a democracia!
Fidel, claro, não teria aceitado, mas teria sofrido demais para dizer não. A força da mulher funciona assim. Bom, pra encerrar, fui buscar uma frase do romancista francês, Honoré de Balzac, que explica em parte tudo que elas conseguiram:
“ A mulher é a rainha do mundo e a escrava de um desejo”
Está posto. Minha sugestão para o sábado que está chegando... é reverenciá-las.
O futebol, por exemplo, continua negando a elas um espaço que o mundo já deu. A olimpíada de Pequim vem aí e as “meninas do Brasil” voltarão a ter seus quinze minutos de fama. Locutores empolgados vão tirar proveito do suor ludibriado daquelas a quem os dirigentes não cansam de prometer um futuro digno, ou uma simples oportunidade de viver da bola no país do futebol.
Lembremos, então, de Maria Lenk, paulistana, filha de alemães que se entregou à vida de braçadas, e não titubeou. Para se tornar a primeira brasileira, na verdade mais do que isso, a primeira sul-americana a participar de uma olimpíada, nossa nadadora encarou uma viagem de navio de seis semanas, até Los Angeles, sendo a única mulher da delegação. Isso em 1932.
Naquela época os jornais chegavam a afirmar que as mulheres que praticassem esporte não teriam filhos. Quem diria. Algumas décadas depois, a jogadora de vôlei Isabel, ícone da minha geração, deixava muita gente de cabelo em pé ao permanecer em quadra aos seis meses de gravidez. Dizem também que, certa vez, quinze dias depois de parir já estava de volta aos treinos. A personalidade de Isabel marcou época. Sua bravura não se limitava às quadras, escreveu Ruy Castro antes de registrar uma história saborosa.
Nos anos 80, Isabel, em Ipanema, ao ver um PM maltratando um mendigo, saltou do carro com uma barriga de sete meses para defender o velho. A coisa esquentou, outras mulheres compraram a briga, e mesmo intimidadas por metralhadoras, garantiram a liberdade do homem.
Mas as mulheres não conquistam apenas com fibra, conquistam com a alma. A inesquecível cena de Fidel Castro, totalmente seduzido por Paula e Hortência na hora de entregar as medalhas de ouro às brasileiras no Pan-americano de Cuba, em 1991, é prova dessa teoria. Se naquele instante Paula tivesse dito ao comandante:
_ Deixe essa coisa de regime pra lá. Instale nessa tua ilha a democracia!
Fidel, claro, não teria aceitado, mas teria sofrido demais para dizer não. A força da mulher funciona assim. Bom, pra encerrar, fui buscar uma frase do romancista francês, Honoré de Balzac, que explica em parte tudo que elas conseguiram:
“ A mulher é a rainha do mundo e a escrava de um desejo”
Está posto. Minha sugestão para o sábado que está chegando... é reverenciá-las.
sábado, 1 de março de 2008
De olho em tudo
Não sei se vocês já notaram. Neste tempo em que estamos vivendo "você decide" ver futebol e te enfiam goela abaixo o Big Brother. O show do intervalo é o Big Brother! Tudo a ver, né? Aproveitarei essa deixa pra falar do clássico que todos vão querer espiar. Todos mesmo, não só palmeirenses e corintianos... mas também sãopaulinos...santistas...juventinos.
O técnico corintiano, que é Mano, mas não é brother, não quer saber dessa onda, não. Foi logo prevendo treinos fechados para os jornalistas, e dizendo que escalação confirmada só no domingo. Postura muito adequada para o clássico que se avizinha.Se tivesse que escolher apenas um confronto para simbolizar a rivalidade do futebol paulista, escolheria um Palmeiras e Corinthians, dois times que alimentam o mais puro antagonismo, e toda vez que voltam a se encontrar causam frio na barriga de muito jogador.
Por isso, a zaga corintiana, finamente ajustada por Mano Menezes, terá que ficar esperta, o embate poderá ser mais emocional do que físico e tático.O zagueiro Willian, apesar dos trinta e um anos, jamais disputou um jogo desse. Até Lulinha, criado no Corinthians, nunca enfrentou o Palmeiras como profissional.A verdade é que cada clube seguiu seu caminho, nem sempre na mesma divisão, o que fez esse velho clássico paulista rarear.
No Palestra, não tem jeito, você olha, e tudo tem uma semelhança incrível com a passada época da Parmalat. Corria o ano de 1993, e quis o destino que os mais de dezesseis anos de fila dos palmeirenses terminassem em vitória sobre o arqui-rival, com direito a um enredo bárbaro. Na primeira partida, um a zero para o Corinthians, com Viola, precocemente, imitando um porco na comemoração do gol. Lembra? Na volta, o Palmeiras de Luxemburgo impôs ao adversário um quatro a zero impiedoso. O time verde tinha Edílson, Zinho, Edmundo e Evair.
Talvez Valdívia nem saiba direito de quem se trata, mas neste domingo, ele será um dos candidatos à nome do jogo. Valdívia, segundo muitos, gosta de cair. Para o técnico do time, o chileno não tem muito prazer " em chutar a gol". É ! Sinal dos tempos, modernidade nem sempre é sinônimo de avanço.Seja como for, há no ar uma euforia com relação ao Palmeiras, o que pode ser muito bom para o aplicado Corinthians de Mano Menezes. Antes de me despedir, deixo aqui registrada minha torcida para que o árbitro - que sem dúvida irá se sentir como um integrante da "casa mais vigiada do Brasil" - não dê nenhuma mancada.
Que seja um jogo para ser lembrado por lances e gols, não por "marcações".Estaremos de olho em tudo, como o "grande irmão". Bom sábado.
O técnico corintiano, que é Mano, mas não é brother, não quer saber dessa onda, não. Foi logo prevendo treinos fechados para os jornalistas, e dizendo que escalação confirmada só no domingo. Postura muito adequada para o clássico que se avizinha.Se tivesse que escolher apenas um confronto para simbolizar a rivalidade do futebol paulista, escolheria um Palmeiras e Corinthians, dois times que alimentam o mais puro antagonismo, e toda vez que voltam a se encontrar causam frio na barriga de muito jogador.
Por isso, a zaga corintiana, finamente ajustada por Mano Menezes, terá que ficar esperta, o embate poderá ser mais emocional do que físico e tático.O zagueiro Willian, apesar dos trinta e um anos, jamais disputou um jogo desse. Até Lulinha, criado no Corinthians, nunca enfrentou o Palmeiras como profissional.A verdade é que cada clube seguiu seu caminho, nem sempre na mesma divisão, o que fez esse velho clássico paulista rarear.
No Palestra, não tem jeito, você olha, e tudo tem uma semelhança incrível com a passada época da Parmalat. Corria o ano de 1993, e quis o destino que os mais de dezesseis anos de fila dos palmeirenses terminassem em vitória sobre o arqui-rival, com direito a um enredo bárbaro. Na primeira partida, um a zero para o Corinthians, com Viola, precocemente, imitando um porco na comemoração do gol. Lembra? Na volta, o Palmeiras de Luxemburgo impôs ao adversário um quatro a zero impiedoso. O time verde tinha Edílson, Zinho, Edmundo e Evair.
Talvez Valdívia nem saiba direito de quem se trata, mas neste domingo, ele será um dos candidatos à nome do jogo. Valdívia, segundo muitos, gosta de cair. Para o técnico do time, o chileno não tem muito prazer " em chutar a gol". É ! Sinal dos tempos, modernidade nem sempre é sinônimo de avanço.Seja como for, há no ar uma euforia com relação ao Palmeiras, o que pode ser muito bom para o aplicado Corinthians de Mano Menezes. Antes de me despedir, deixo aqui registrada minha torcida para que o árbitro - que sem dúvida irá se sentir como um integrante da "casa mais vigiada do Brasil" - não dê nenhuma mancada.
Que seja um jogo para ser lembrado por lances e gols, não por "marcações".Estaremos de olho em tudo, como o "grande irmão". Bom sábado.
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